terça-feira, 6 de maio de 2014

Rosmaninho


Lavandula stoechas e Lavandula pendunculata

Nem só de curiosidades ou plantas relativamente "desconhecidas" se faz este blogue. As de hoje são talvez as plantas que, a par do Alecrim, primeiro vêm à cabeça de todos nós quando se fala em aromáticas. E de facto não só fazem parte do nosso imaginário bucólico dos campos e serras de Portugal como são, justiça lhe seja feita, as primeiras embaixadoras na divulgação do fantástico mundo das ervas aromáticas que ao longo dos últimos 10 anos se difundiu de forma assinalável.

As que vos mostramos acima são apenas duas das cinco espécies autóctones que temos no nosso país. As outras destacaremos em  posts futuros. São, se assim quisermos chamar-lhe, os ancestrais aparentados das Lavandas que fazem dos campos do Sul de França um postal procurado por milhares de turistas nesta altura do ano. E que, diga-se, já hoje começam a fazer parte da nossa paisagem resultado de novos projectos no sector das Ervas aromáticas e medicinais que, observando o óbvio, estão a tirar partido das nossas excelentes condições naturais para este tipo de plantas.

Possivelmente existem hoje no mundo dezenas de variedades de lavandulas, com maior ou menor rendimento na produção de óleos essenciais. Assim como existem diversas variedades de jardim com florações que vão desde o branco ao lilaz passando pelo rosa. Todavia, para aqueles que não pretendem complicar o que a Natureza já faz bem naturalmente, estas duas espécies silvestres são mais do que suficientes para alegrar um jardim.

Em termos práticos o que as distingue é o pedúnculo, claramente mais elevado na pendunculata. De resto são em tudo parecidas. O óleo essencial obtido a partir das suas inflorescências tem propriedades relaxantes/calmantes e é hoje incluído nos mais diversos produtos desde ambientadores, óleos, sabões para citar alguns exemplos. 

Tem naturalmente aplicações medicinais. Como refere o mestre José Salgueiro no seu livro, uma infusão das suas inflorescências ´produz bons resultados no tratamento da tosse, bronquite catarro.

Para os que pretenderem ter rosmaninho nos seus espaços, resta acrescentar que é uma planta arbustiva que gosta de solos expostos ao sol, muito resistente aos nossos Verões e adaptada a todos os tipos de solo. Uma planta que é um clássico de qualquer jardim, de aroma intenso e um chamariz para as abelhas,como refere Rafael Carvalho neste post aqui.

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